QUE EU APRENDA A LEVANTAR!
- Os maus artistas, na arte de viver, desperdiçam a maioria das oportunidades que a vida lhes dá, que os anos apresentam e que Deus oportuniza a todos os mortais.
Levando sua incoerência ao extremo, ainda choram depois, buscando justificar-se na base do "tudo sai errado para mim, ninguém colabora com a gente, sou vítima do destino, Deus nunca me atende, até os horóscopos não colaboram comigo."...
Tudo sai errado para mim... Errados são eles, os maus artistas na arte de viver e vencer. Nunca acertam o passo. Passam os dias dormindo. Uns eternos desafinados na sinfonia da existência. Tem voz e ouvidos mas nunca acertam o tom, o compasso. Balanço o coreto, porque rasgaram a partitura da sabedoria, na orquestra do existir.
Quantas vezes, na vida, a culpa é nossa, unicamente nossa. E não da vida, dos outros, de Deus. Por falta de humildade, custa-nos tanto admitir esta dura realidade. Inculpar terceiros foi sempre o expediente mais cômodo e superficial. Já Pilatos fez assim, lavando as mãos para tranquilizar a consciência, vinte séculos atrás...
- Certo e inquestionável: Há felizardos que têm mais sorte, melhor estrela, berço mais rico, ambiente mais saudável, chances mais fáceis ao longo e dentro de sua caminha.
- Se o mundo cair, que eu aprenda a levantar.
O nosso mundo cai frequentemente, em que pese nossa boa vontade, esforço, perseverança e desejo sincero de acertar, de construir, de não entortar, de não esmorecer. Coisas do cotidiano. No ventre do Cavalo de Tróia-vida escondem-se adversários também. O jeito é derrotá-los e não deixar-se abater. Ou então, entrar em acordo, assinar armistícios, períodos de trégua. O erro fatal é capitular, render a cidadela, dar-se por vencido.
Se mundos caíram à minha volta, se o meu mundo interno cair, lenta ou fragorosamente, que eu aprenda a levantar, que eu saiba reerguer-me, levando novas experiências a bordo. Como tantos outros fizeram. Como o próprio Cristo nos ensinou, após a derrota aparente do Calvário.Há sempre uma noite escura
para cada amanhecer.
E, na pequena-grande aventura
de nascer, existir e morrer,
quantas lições de vida
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