segunda-feira, 22 de junho de 2009

SE O MUNDO CAIR...



QUE EU APRENDA A LEVANTAR!



  • Os maus artistas, na arte de viver, desperdiçam a maioria das oportunidades que a vida lhes dá, que os anos apresentam e que Deus oportuniza a todos os mortais.

Levando sua incoerência ao extremo, ainda choram depois, buscando justificar-se na base do "tudo sai errado para mim, ninguém colabora com a gente, sou vítima do destino, Deus nunca me atende, até os horóscopos não colaboram comigo."...

Tudo sai errado para mim... Errados são eles, os maus artistas na arte de viver e vencer. Nunca acertam o passo. Passam os dias dormindo. Uns eternos desafinados na sinfonia da existência. Tem voz e ouvidos mas nunca acertam o tom, o compasso. Balanço o coreto, porque rasgaram a partitura da sabedoria, na orquestra do existir.

Quantas vezes, na vida, a culpa é nossa, unicamente nossa. E não da vida, dos outros, de Deus. Por falta de humildade, custa-nos tanto admitir esta dura realidade. Inculpar terceiros foi sempre o expediente mais cômodo e superficial. Já Pilatos fez assim, lavando as mãos para tranquilizar a consciência, vinte séculos atrás...

  • Certo e inquestionável: Há felizardos que têm mais sorte, melhor estrela, berço mais rico, ambiente mais saudável, chances mais fáceis ao longo e dentro de sua caminha.
A história da humanidade, no entanto, vem pontilhada de homens vitoriosos que triunfaram, que marcaram época e se tornaram benfeitores seus e dos outros, enfrentando revezes e contratempos de toda sorte e tamanho. Pequenos, talvez, agigantaram-se na arena dos obstáculos. Lutaram, fizeram, abraçaram as oportunidades e chegaram lá em cima, no topo da escada.


  • Se o mundo cair, que eu aprenda a levantar.
Caem mundos, desmoronam sonhos, despetalam-se esperanças, desabam infortúnios e rolam mal-entendidos sobre nossas cabeças. Tropeçamos em pedras, suamos a fronte. Tudo isso são pedaços conjunturais do nosso estatuto de peregrinos. Tudo isso é morte e vida, lição do grão de trigo evangélico.


O nosso mundo cai frequentemente, em que pese nossa boa vontade, esforço, perseverança e desejo sincero de acertar, de construir, de não entortar, de não esmorecer. Coisas do cotidiano. No ventre do Cavalo de Tróia-vida escondem-se adversários também. O jeito é derrotá-los e não deixar-se abater. Ou então, entrar em acordo, assinar armistícios, períodos de trégua. O erro fatal é capitular, render a cidadela, dar-se por vencido.

Se mundos caíram à minha volta, se o meu mundo interno cair, lenta ou fragorosamente, que eu aprenda a levantar, que eu saiba reerguer-me, levando novas experiências a bordo. Como tantos outros fizeram. Como o próprio Cristo nos ensinou, após a derrota aparente do Calvário.


Há sempre uma noite escura

para cada amanhecer.

E, na pequena-grande aventura

de nascer, existir e morrer,

quantas lições de vida

que em vida ainda devo aprender!
O melhor amigo
é aquele que nos faz melhores do que somos.
Que nos ajuda a enfrentar as situações difíceis
e não desperdiçar as oportunidades da vida.
Livro: O valor das pequenas coisas
Autor: Roque Schneider

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